Ovo do coelho
Coelho não bota ovo,
quem bota ovo é galinha.
Mas eu conheço um coelho
que é mesmo uma maravilha.
Os ovos que ele bota,
você nem imagina.
São ovos de chocolate
ou ovos de baunilha.
Por isso, nosso coelho
foi expulso da família.
O pai dele disse: - Meu filho,
isso é coisa de galinha.
O coelho respondeu rapidamente:
- Meu pau eu não tenho culpa,
botar ovo é meu destino.
Se não posso botar ovos em casa,
prefiro botar sozinho.
E foi assim que o coelho
saiu de casa para a rua,
botando ovo na Páscoa,
no sonho de todo mundo.
Paulo Leminski
quem bota ovo é galinha.
Mas eu conheço um coelho
que é mesmo uma maravilha.
Os ovos que ele bota,
você nem imagina.
São ovos de chocolate
ou ovos de baunilha.
Por isso, nosso coelho
foi expulso da família.
O pai dele disse: - Meu filho,
isso é coisa de galinha.
O coelho respondeu rapidamente:
- Meu pau eu não tenho culpa,
botar ovo é meu destino.
Se não posso botar ovos em casa,
prefiro botar sozinho.
E foi assim que o coelho
saiu de casa para a rua,
botando ovo na Páscoa,
no sonho de todo mundo.
Paulo Leminski
Meus brinquedos
De repente
Que ficaram esquecidos
Dentro do armário
Me bate uma saudade
Me bate uma vontade
De voltar no tempo
De voltar ao passado
Mas nada acontece
Nada parece acontecer
E eu choro
Choro como o bebê que fui
E a criança que quero voltar a ser
Não quero crescer!
Clarice Pacheco
Quadrilha da sujeira
João joga um palitinho de sorvete na
rua de Teresa que joga uma latinha de
refrigerante na rua de Raimundo que
joga um saquinho plástico na rua de
Joaquim que joga uma garrafinha
velha na rua de Lili.
rua de Teresa que joga uma latinha de
refrigerante na rua de Raimundo que
joga um saquinho plástico na rua de
Joaquim que joga uma garrafinha
velha na rua de Lili.
rua de João que joga uma embalagenzinha
de não sei o que na rua de Teresa que
joga um lencinho de papel na rua de
Raimundo que joga uma tampinha de
refrigerante na rua de Joaquim que joga
um papelzinho de bala na rua de J. Pinto
Fernandes que ainda nem tinha
entrado na história.
Ricardo Azeredo
Guarda-Chuvas
todos os quatro com defeito;
Um emperra quando abre,
]outro não fecha direito.
Um deles vira ao contrário
seu eu abro sem ter cuidado.
Outro, então, solta as varetas
e fica todo amassado.
O quarto é bem pequenino,
pra carregar por aí;
Porém, toda vez que chove,
eu descubro que esqueci...
Por isso, não falha nunca:
se começa a trovejar,
nenhum dos quatro me vale -
eu sei que vou me molhar.
Quem me dera um guarda-chuva
pequeno como uma luva
Que abrisse sem emperrar
ao ver a chuva chegar!
Tenho quatro guarda-chuvas
que não me servem de nada;
Quando chove de repente,
acabo toda encharcada.
E que fria cai a água
sobre a pele ressecada!
Ai...
Rosana Rios
Versinhos difíceis de mastigar
Tenho um robot cozinheiro,
que cozinha com amor.
Queria ir à fruteira
Mas entrou no ferrador.
E depois, muito confuso,
cozinhou uns chinelos
e um prato de parafusos
no lugar de três marmelos.
Um bolo feito de roscas
decorado com ameixas.
E uma tarte de pregos
com gosto a laranjas frescas.
Mais rodelas de manteiga.
"Que faço com este robot?",
pergunto-me todo dia,
que entrou no ferrador
em vez de entrar na frutaria."
Autor desconhecido
que cozinha com amor.
Queria ir à fruteira
Mas entrou no ferrador.
E depois, muito confuso,
cozinhou uns chinelos
e um prato de parafusos
no lugar de três marmelos.
Um bolo feito de roscas
decorado com ameixas.
E uma tarte de pregos
com gosto a laranjas frescas.
Mais rodelas de manteiga.
"Que faço com este robot?",
pergunto-me todo dia,
que entrou no ferrador
em vez de entrar na frutaria."
Autor desconhecido
Canção para ninar dromedário
Drome, drome
DromedárioAs areias
Do deserto
Sentem sono,
Estou certo.
Drome, drome
Dormedário
Fecha os olhos
O beduíno,
Fecha os olhos,
Está dormindo.
Drome, drome
Dromedário
O frio da noite
Foi-se embora,
Fecha os olhos
Dorme agora.
Drome, drome
Dromedário
Dorme, dorme,
A palmeira,
Dorme, dorme,
A noite inteira.
Drome, drome
Dromedário
Foi-se embora
O cansaço
E você dorme
No meu braço.
Drome, drome
Dromedário
Drome, drome
Dromedário
Drome, drome
Dromedário.
Sérgio Capparelli
Ou isto ou aquilo
Ou se tem chuva e não se tem sol
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa estar
ao mesmo tempo nos dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo, ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranquilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa estar
ao mesmo tempo nos dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo, ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranquilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.
O que é mãe?
Mãe? O que é mãe?
Pessoa doce?
Tão doce
Que faz passar vergonha
Doce de batata-doce?
Mãe? O que é mãe?
Tão doce
Que se parte
Quando parte,
Melhor seria
Se não fosse.
Mãe? O que é mãe?
Luz muito clara,
Tão clara
Que nos aclara
E, afagando,
nos ampara?
Mãe? O que é mãe?
Tão doce? Tão severa
Se a gente erra!
E que empurra
Se tudo emperra.
Mãe severa?
Mãe doce?
Ou mãe fera?
Nesse teu dia
Te dou jasmim,
Te dou gladíolos,
Te dou beijim,
Assim assado,
Assim, assim.
Sérgio Capparelli
Dose certa
No Brasil ou lá na China,
na Alemanha ou na Espanha,
tem menino e tem menina
que só sabem fazer manha.
Português,
chinês,
alemão,
espanhol,
etc. e tal.
Não importa a língua falada,
em todo canto do planeta
tem criança birrenta:
não quer isso nem aquilo,
não gosta de nada,
enjoada!
Há quem diga
que o remédio
na dose bem certa,
pra acabar
com a manha
de criança mimada
- como dizia Cecília,
grande poeta -
é uma boa
palmada.
Mas também
há quem diga
que a receita
não é essa,
e só acredita...
numa boa
conversa!
E você, o que
é que acha?
Sônia Barros
na Alemanha ou na Espanha,
tem menino e tem menina
que só sabem fazer manha.
Português,
chinês,
alemão,
espanhol,
etc. e tal.
Não importa a língua falada,
em todo canto do planeta
tem criança birrenta:
não quer isso nem aquilo,
não gosta de nada,
enjoada!
Há quem diga
que o remédio
na dose bem certa,
pra acabar
com a manha
de criança mimada
- como dizia Cecília,
grande poeta -
é uma boa
palmada.
Mas também
há quem diga
que a receita
não é essa,
e só acredita...
numa boa
conversa!
E você, o que
é que acha?
Sônia Barros
Aula de leitura
A leitura é muito mais
do que decifrar palavras
Quem quiser parar pra ver
pode até se surpreender
vai ler nas folhas do chão
se é outono ou verão;
nas ondas soltas do mar
se é hora de navegar;
e no jeito da pessoa
se trabalha ou se é à-toa
na cara do lutador,
quando está sentindo dor;
vai ler na casa de alguém
o gosto que o dono tem;
e no pêlo do cachorro,
se é melhor gritar socorro;
e na cinza da fumaça,
o tamanho da desgraça;
e no tom que sopra o vento,
se corre o barco ou se vai lento;
e também no calor da fruta,
e no cheiro da comida,
e no ronco do motor,
e nos dentes do cavalo,
e na pele da pessoa,
e no brilho do sorriso,
vai ler nas nuvens no céu,
vai ler na palma da mão,
vai ler até nas estrelas,
e no som do coração.
Uma arte que dá medo
é a de ler um olhar,
pois os olhos tem segredos
difíceis de decifrar
Ricardo Azeredo
Quem quiser parar pra ver
pode até se surpreender
vai ler nas folhas do chão
se é outono ou verão;
nas ondas soltas do mar
se é hora de navegar;
e no jeito da pessoa
se trabalha ou se é à-toa
na cara do lutador,
quando está sentindo dor;
vai ler na casa de alguém
o gosto que o dono tem;
e no pêlo do cachorro,
se é melhor gritar socorro;
e na cinza da fumaça,
o tamanho da desgraça;
e no tom que sopra o vento,
se corre o barco ou se vai lento;
e também no calor da fruta,
e no cheiro da comida,
e no ronco do motor,
e nos dentes do cavalo,
e na pele da pessoa,
e no brilho do sorriso,
vai ler nas nuvens no céu,
vai ler na palma da mão,
vai ler até nas estrelas,
e no som do coração.
Uma arte que dá medo
é a de ler um olhar,
pois os olhos tem segredos
difíceis de decifrar
Ricardo Azeredo
Pomar
Menino - madruga
o pomar não foge!
(pitangas maduras
dão água na boca.)
Menino descalço
Não olha onde pisa.
Trepa pelas árvores
Agarrando pêssegos.
(Pêssegos macios
como paina e flor.
Dentadas de gosto!)
Menino, cuidado,
jabuticabeiras
novinhas em folha
não agüentam peso.
Rebrilha, cem olhos
agrupados, negros.
E as frutas estalam
- espuma de vidro -
nos lábios de rosa.
Menino guloso!
Menino guloso,
Ontem vi um figo
mesmo que um veludo,
redondo, polpudo,
E disse: este é meu!
Meu figo onde está?
- Passarinho comeu,
passarinho comeu...
Henriqueta Lisboa
o pomar não foge!
(pitangas maduras
dão água na boca.)
Menino descalço
Não olha onde pisa.
Trepa pelas árvores
Agarrando pêssegos.
(Pêssegos macios
como paina e flor.
Dentadas de gosto!)
Menino, cuidado,
jabuticabeiras
novinhas em folha
não agüentam peso.
Rebrilha, cem olhos
agrupados, negros.
E as frutas estalam
- espuma de vidro -
nos lábios de rosa.
Menino guloso!
Menino guloso,
Ontem vi um figo
mesmo que um veludo,
redondo, polpudo,
E disse: este é meu!
Meu figo onde está?
- Passarinho comeu,
passarinho comeu...
Henriqueta Lisboa
Vende-se
Vende-se uma casa encantada
no topo da mais alta montanha.
Tem dois amplos salões
onde você poderá oferecer banquetes
para os duendes e anões
que moram na floresta ao lado.
Tem jardineiras nas janelas
onde convém plantar margaridas.
Tem quartos de todas as cores
que aumentam ou diminuem
de acordo com o seu tamanho
e na garagem há vagas.
Roseana Murray
no topo da mais alta montanha.
Tem dois amplos salões
onde você poderá oferecer banquetes
para os duendes e anões
que moram na floresta ao lado.
Tem jardineiras nas janelas
onde convém plantar margaridas.
Tem quartos de todas as cores
que aumentam ou diminuem
de acordo com o seu tamanho
e na garagem há vagas.
Roseana Murray
Os poemas
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro de quem lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhoso espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...
Mario Quintana
não se sabe de onde e pousam
no livro de quem lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhoso espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...
Mario Quintana
Como fazer pipocas
Nenhum de vocês, meninos,
Algum dia pôde ver
Como se fazem pipocas?
Pois, então, eu vou dizer:
Pega-se o milho branquinho,
Na panela se coloca,
Por sobre o óleo fervente.
(É assim que se faz pipoca.)
Quando o milho está lá dentro,
Deve a panela ficar
Bem fechada, pois, senão,
Todo o milho vai saltar.
Daí a pouco, escutamos,
Na tampa, fortes batidas:
São as pipocas que pulam
Prontas pra serem comidas.
Tiradas da caçarola,
Sal nós vamos polvilhar,
E, depois - última etapa -
Só precisamos provar.
Entretanto, se quiserem
Comer pipocas de um modo
Mais cômodo, mais ligeiro,
É fácil: cheguem à calçada
E...chamem o pipoqueiro.
Maria de Lourdes Figueiredo
Algum dia pôde ver
Como se fazem pipocas?
Pois, então, eu vou dizer:
Pega-se o milho branquinho,
Na panela se coloca,
Por sobre o óleo fervente.
(É assim que se faz pipoca.)
Quando o milho está lá dentro,
Deve a panela ficar
Bem fechada, pois, senão,
Todo o milho vai saltar.
Daí a pouco, escutamos,
Na tampa, fortes batidas:
São as pipocas que pulam
Prontas pra serem comidas.
Tiradas da caçarola,
Sal nós vamos polvilhar,
E, depois - última etapa -
Só precisamos provar.
Entretanto, se quiserem
Comer pipocas de um modo
Mais cômodo, mais ligeiro,
É fácil: cheguem à calçada
E...chamem o pipoqueiro.
Maria de Lourdes Figueiredo
Corrente de formiguinhas
fiozinho de caminho.
Caminho de lá vai um,
atrás de uma lá vai a outra.
Uma duas argolinhas,
corrente de formiguinhas.
Corrente de formiguinhas,
centenas de pontos pretos,
cabecinhas de alfinete
rezando contas de terço.
Nas costas das formiguinhas
de corentinhas fininhas
Pesam grandes folhas mortas
que oscilam a cada passo.
Nas costas das formiguinhas
que lá vão subindo o morro
igual ao morro da igreja,
folhas mortas são andores
Nesta Procissão dos Passos.
Henriqueta Lisboa
O pessegueiro
Meus galhos
Sobem até o vidro da tua janela
E pedem para entrar.
E ali ficam:
O vento empurra as estações
E pinta de branco meus cabelos.
De vez em quando,
Vejo caírem lentamente
As flores do pessegueiro.
Sérgio Capparelli
Cuidando da natureza
Da mãe Natureza
Preservando a vida
Do nosso Planeta.
Não desperdicem água
Para não faltar
Separe todo lixo
Para reciclar.
Não destruam as matas
Árvores e flores
Que enfeitam o mundo
Com as suas cores.
Não poluam o ar
Isso não é legal
Na certa vai causar
O aquecimento global.
Vamos trabalhar
Nessa tarefa urgente
Para preservar
O nosso meio ambiente.
Leila Maria Grillo
Baile no sereno
Cantador canta tristeza,
canta alegria também.
É de sua natureza
cantar o mal e o bem.
Pois ele tem dentro dele
o canto que o canto tem...
Por isso, se o mar secar,
se cobra comprar sapato,
se cachorro virar gato,
se o mudo puder falar,
Se a chuva chover pra cima,
se barata for grã-fina,
Quando o embaixador for em cima,
Cantador vai se calar.
canta alegria também.
É de sua natureza
cantar o mal e o bem.
Pois ele tem dentro dele
o canto que o canto tem...
Por isso, se o mar secar,
se cobra comprar sapato,
se cachorro virar gato,
se o mudo puder falar,
Se a chuva chover pra cima,
se barata for grã-fina,
Quando o embaixador for em cima,
Cantador vai se calar.
Ruth Rocha
Pião
Um pião se equilibra
na palma da mão,
no chão, na calçada,
e alado vai rodando
por cima dos telhados,
gira entre as nuvens,
cada vez mais alto,
até que num salto
alcança a lua
e rola
até o seu lado oculto.
Faz a curva o pião
e ruma para Saturno,
tropeça nos anéis,
dá três cambalhotas,
se pendura
numa estrela cadente
e, sem graça,
volta para a palma da mão.
na palma da mão,
no chão, na calçada,
e alado vai rodando
por cima dos telhados,
gira entre as nuvens,
cada vez mais alto,
até que num salto
alcança a lua
e rola
até o seu lado oculto.
Faz a curva o pião
e ruma para Saturno,
tropeça nos anéis,
dá três cambalhotas,
se pendura
numa estrela cadente
e, sem graça,
volta para a palma da mão.
O Caderno
Sou eu que vou seguir você
Do primeiro rabiscoAté o be-a-bá.
Em todos os desenhos
Coloridos vou estar
A casa, a montanha
Duas nuvens no céu
E um sol a sorrir no papel...
Sou eu que vou ser seu colega
Seus problemas ajudar a resolver
Te acompanhar nas provas
Bimestrais, você vai ver
Serei, de você, confidente fiel
Se seu pranto molhar meu papel...
Sou eu que vou ser seu amigo
Vou lhe dar abrigo
Se você quiser
Quando surgirem
Seus primeiros raios de mulher
A vida se abrirá
Num feroz carrossel
E você vai rasgar meu papel...
O que está escrito em mim
Comigo ficará guardado
Se lhe dá prazer
A vida segue sempre em frente
O que se há de fazer...
Só peço, à você
Um favor, se puder
Não me esqueça
Num canto qualquer...
Toquinho
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