Fonte: http://laurentinogomes.com.br/blog/
O Brasil, como se sabe, é um país sem memória, que preserva mal o seu patrimônio histórico e cultural. Tive mais uma prova disso ao visitar, dias atrás, a casa em que o alagoano Marechal Deodoro da Fonseca morou em Cuiabá, em duas ocasiões, antes de Proclamar a República.
Deodoro tinha a patente de capitão do Exército quando chegou à capital do Mato Grosso pela primeira vez, em 1858. A carreira militar exigia que os jovens oficiais servissem às forças armadas em diferentes regiões do país – uma tradição iniciada pelo império que a república mantem até hoje.
Cuiabá era então um vilarejo isolado e distante, com menos de 10.000 habitantes. Como não havia comunicações por terra, chegar até o Mato Grosso era demorado e difícil, em viagem de navio que partia do Rio de Janeiro, descia até Buenos Aires e subia os rios da Prata e do Paraguai, com escala em Assunção. Ainda assim, a cidade deixaria marcas definitivas na biografia de Deodoro. Em Cuiabá, ele se casou em 1860 com Mariana Cecília de Sousa Meireles, órfã de um capitão do exército e um ano mais velha do que ele. O casal nunca teve filhos.
Deodoro retornaria a Cuiabá novamente no final de 1888, já com a patente de marechal, mas dessa vez em uma passagem rápida e tumultuada. Como expliquei em um texto anterior deste blog, sua transferência para o Mato Grosso foi uma tentativa das autoridades de afastá-lo do centro da conspiração republicana. Irritado com a forma como era tratado, o marechal abandonou o posto sem pedir autorização ao governo e retornou logo ao Rio de Janeiro, onde meses mais tarde lideraria o golpe contra a monarquia.
A casa em que Deodoro morou em Cuiabá ficava dentro da modesta guarnição militar situada no centro da cidade, ao lado da Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte. É um típico edifício da arquitetura colonial portuguesa feita de tijolos rústicos cobertos por argamassa e tinta branca à base de cal. Apesar de sua importância histórica, está hoje em ruínas. Por falta de conservação, parte do reboco das paredes desabou. O restante está coberto de pichações. Por falta de uma simples placa de identificação, a maioria dos cuiabanos sequer sabe que ali morou o herói oficial da Proclamação da República.
O Brasil, como se sabe, é um país sem memória, que preserva mal o seu patrimônio histórico e cultural. Tive mais uma prova disso ao visitar, dias atrás, a casa em que o alagoano Marechal Deodoro da Fonseca morou em Cuiabá, em duas ocasiões, antes de Proclamar a República.
Deodoro tinha a patente de capitão do Exército quando chegou à capital do Mato Grosso pela primeira vez, em 1858. A carreira militar exigia que os jovens oficiais servissem às forças armadas em diferentes regiões do país – uma tradição iniciada pelo império que a república mantem até hoje.
Cuiabá era então um vilarejo isolado e distante, com menos de 10.000 habitantes. Como não havia comunicações por terra, chegar até o Mato Grosso era demorado e difícil, em viagem de navio que partia do Rio de Janeiro, descia até Buenos Aires e subia os rios da Prata e do Paraguai, com escala em Assunção. Ainda assim, a cidade deixaria marcas definitivas na biografia de Deodoro. Em Cuiabá, ele se casou em 1860 com Mariana Cecília de Sousa Meireles, órfã de um capitão do exército e um ano mais velha do que ele. O casal nunca teve filhos.
Deodoro retornaria a Cuiabá novamente no final de 1888, já com a patente de marechal, mas dessa vez em uma passagem rápida e tumultuada. Como expliquei em um texto anterior deste blog, sua transferência para o Mato Grosso foi uma tentativa das autoridades de afastá-lo do centro da conspiração republicana. Irritado com a forma como era tratado, o marechal abandonou o posto sem pedir autorização ao governo e retornou logo ao Rio de Janeiro, onde meses mais tarde lideraria o golpe contra a monarquia.
A casa em que Deodoro morou em Cuiabá ficava dentro da modesta guarnição militar situada no centro da cidade, ao lado da Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte. É um típico edifício da arquitetura colonial portuguesa feita de tijolos rústicos cobertos por argamassa e tinta branca à base de cal. Apesar de sua importância histórica, está hoje em ruínas. Por falta de conservação, parte do reboco das paredes desabou. O restante está coberto de pichações. Por falta de uma simples placa de identificação, a maioria dos cuiabanos sequer sabe que ali morou o herói oficial da Proclamação da República.
Vengo del blog de Gracita, gracitamensagens, y me ha encantado tu Rincón; por lo cual, si no te importa, me hago seguidor de tu Bello y Mágico Espacio.
ResponderExcluirAbrazos.